Como a China afeta a taxa de câmbio do bitcoin

A China sempre teve um papel importante na formação do bitcoin desde os seus primeiros anos de existência. Como uma das maiores economias do mundo e um ator líder no mercado de criptomoedas, o país tem uma influência significativa sobre o preço do bitcoin e outros ativos digitais. Neste artigo, vamos ver como a China está a influenciar o bitcoin, afetando a sua volatilidade e como as mudanças na política e na economia chinesas podem afetar a indústria mundial de criptomoedas.

1. China como o maior mercado para criptomonedas

A China permaneceu durante muito tempo como um importante centro de operações de criptomoedas. No início da década de 2010, investidores e empresas chinesas compravam muito bitcoin, e a China era líder em volume de criptomonedas. Muitas plataformas chinesas, como Huobi, OKEx e BTC China, estavam entre as maiores bolsas de criptomoedas do mundo, tornando o país um ator importante no mercado.

Mining também foi uma grande parte da influência chinesa. As empresas chinesas controlavam mais de 70% da hashtag de bitcoin mundial, o que significa que o país tinha a capacidade de influenciar o processo de produção de bitcoins e, consequentemente, o preço da criptomoneta. A influência da China na taxa de câmbio do bitcoin foi atribuída tanto à elevada liquidez nos mercados domésticos como ao grande número de participantes que investiram em criptomonedas.

2. Impacto na taxa de câmbio do bitcoin através da regulação

Um dos fatores mais significativos que determinam a influência da China no bitcoin é a política de regulação de criptomonedas. A partir de 2017, as autoridades chinesas começaram a apertar o controle das operações de criptomoedas, o que levou a mudanças significativas no mercado.

2.1 Bolsas de criptomoedas proibidas

Em 2017, a China fechou grandes bolsas de criptomoedas e proibiu a troca de criptomonedas por dinheiro fiático. Esta decisão provocou uma forte queda nos preços do bitcoin e de outras moedas digitais. Muitos comerciantes e investidores começaram a retirar fundos das bolsas chinesas, o que provocou uma onda de vendas e correção de curto prazo do mercado.

2.2 Minaria proibida

Em 2021, a China tomou medidas para eliminar completamente a minuta de criptomoedas no país. Esta decisão levou ao desaparecimento de uma grande parte da capacidade de minagem, o que provocou uma queda de curto prazo na hashtag bitcoin. Por isso, a taxa de câmbio do bitcoin sofreu uma grande oscilação, já que os participantes começaram a se adaptar às mudanças.

No entanto, apesar da proibição do mining na China, a hashtag mundial foi redistribuída para outros países, como os Estados Unidos e o Cazaquistão, ajudando a reduzir a influência da China no mercado de mining. No entanto, tais mudanças geram volatilidade de curto prazo no mercado global de bitcoin.

3. O papel da China no mercado P2P e transações obscuras

Enquanto as plataformas oficiais de criptomoedas na China foram severamente restritas, as trocas P2P continuaram a existir, dando aos usuários a possibilidade de trocar bitcoin através de transações pessoais. Os usuários chineses ainda utilizaram as plataformas P2P para compartilhar criptomonedas, o que continuou a influenciar o bitcoin através de mercados obscuros e não oficiais.

Além disso, o mercado chinês tem usado ativamente criptomonedas para transferências internacionais e para contornar restrições cambiais, contribuindo também para a instabilidade da taxa de câmbio. Estas operações não oficiais podem causar flutuações nos mercados globais, já que nem sempre são controláveis.

4. Inovação e yuan digital chinês

Nos últimos anos, a China tem desenvolvido ativamente o seu próprio yuan digital, a moeda digital central e bancária (CBDC), que pode, no futuro, reduzir o papel do bitcoin e de outras criptomoedas no mercado chinês. O yuan digital fornecerá ao governo chinês controle total sobre os fluxos de dinheiro e transações dentro do país, o que pode afetar a demanda por bitcoin, especialmente com regulações mais rígidas.

No entanto, apesar do desenvolvimento do yuan digital, os usuários chineses podem continuar a usar bitcoin e outras criptomonedas para traduções internacionais e transações anônimas, o que ainda vai manter a demanda por bitcoin.

5. Como a China continua a influenciar a taxa de câmbio mundial do bitcoin

Como a China continua a desenvolver tecnologias para controlar os fluxos financeiros e reforça as medidas de regulação das criptomoedas, a influência do país no mercado global de bitcoin não desaparece. Apesar da proibição das bolsas de mining e criptomoedas, os investidores chineses continuam envolvidos em transações internacionais, o que mantém o seu impacto sobre o preço do bitcoin.

- Psicologia do mercado: Mesmo depois das proibições, notícias e declarações de autoridades chinesas muitas vezes provocam fortes reações no mercado global de criptomonedas. Por exemplo, qualquer indicação de uma nova regulamentação ou possibilidade de proibição de criptomoedas provoca uma queda a curto prazo nos preços do bitcoin.

- Redistribuição da capacidade de minagem: A China, embora tenha acabado com a minuta, continua a ter influência através da redistribuição da capacidade de minagem em todo o mundo. Esta mudança pode causar flutuações de curto prazo do bitcoin, já que o novo mercado geográfico pode gerar incertezas sobre a durabilidade e a estabilidade da rede mineira.

6. Conclusão

A China continua a ser um ator-chave no mercado global de bitcoin, apesar da implementação de regulações rigorosas. O país tem influenciado o bitcoin através de suas decisões econômicas e políticas, como a proibição de mining e restrições às bolsas de criptomoedas. No futuro, o papel da China pode mudar com o desenvolvimento do yuan digital, mas o impacto sobre os preços globais das criptomonedas continua significativo. As mudanças na política chinesa vão sempre provocar uma forte oscilação do bitcoin, tornando a China um fator importante na economia global de criptomoedas.